Tarcísio diz que interferência do crime no mercado financeiro é ‘clara’, mas ‘tem remédio’

Pepita Ortega • 4 de julho de 2025

BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas , afirmou na manhã desta sexta-feira, 4, que é “clara” a interferência do crime organizado em setores como o de combustíveis e o de saúde, assim como, “no mercado financeiro , nos crimes cibernéticos, na negociação de criptomoedas , e no resíduo sólido”.

“Então, tem remédio. A gente sabe como eles estão operando. A gente sabe que é possível coibir. A gente sabe o caminho. E aí é se estruturar, equipar pessoal com tecnologia, desenvolver todos os protocolos”, indicou, durante painel do Fórum Jurídico de Lisboa.

Segundo o governador, é “fundamental aumentar o custo do crime”, estruturando polícias. O governador destacou que, nessa seara, a cooperação federativa é um ponto primeiro para o sucesso.

Para Tarcísio, cooperação federativa é essencial para o sucesso do combate ao crime organizado
Para Tarcísio, cooperação federativa é essencial para o sucesso do combate ao crime organizado

“Ninguém vai vencer o Estado, o crime não vai vencer o Estado, isso não vai acontecer. O Estado sempre vai ser mais poderoso que o crime. E o Estado vai garantir condição aos nossos empresários de investir, vai garantir a segurança para os nossos cidadãos. Então eu tenho certeza que no final o bem vence o mal e o Estado vence a guerra”, afirmou.

Em diversos momentos de sua fala, Tarcísio citou a cooperação federativa, ponto central da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o governo federal enviou ao Congresso sobre a segurança pública. O governador ponderou que é “impossível” pensar no combate ao crime organizado sem a questão, citando a necessidade de vigilância das faixas de fronteira, em fragilidades de portos, aeroportos e rodovias. “Fica evidente que se não houver uma grande cooperação a gente não vai ter sucesso”, ponderou.

Em outro momento, Tarcísio ressaltou, no entanto, que a “cooperação federativa não afasta a competência dos Estados”, citando ambas como coexistentes. “É absolutamente necessário a cooperação federativa, como também a cooperação internacional”, completou.

Ao tratar do tema, o governador fez uma ressalva sobre “tutela da confiança”. “Ora, não vai haver cooperação federativa se não houver gestão de confiança se a gente não tiver, de fato, acesso a dados e acesso a dados com oportunidade, onde esses dados sejam disponibilizados, sejam compartilhados. E esse compartilhamento é fundamental para que a tecnologia funcione, porque se não houver compartilhamento de dados, a gente pode fazer todo o investimento que for em tecnologia e a gente vai chegar atrasado. Às vezes essa cooperação não acontece justamente por falta de confiança entre as instituições, então é uma cultura que precisa ser desenvolvida, precisa ser aprimorada.”

O mandatário ainda levantou reflexões sobre alguns entraves que o combate ao crime organizado enfrenta: “E aí a gente tem que se perguntar, por que às vezes é tão fácil lavar dinheiro em determinadas áreas de atividade? É fato que o crime se infiltrou, por exemplo, no setor de combustíveis, mas por que se infiltrou no setor de combustíveis? Por que é tão fácil obter, por exemplo, regimes especiais tributários às vezes para internalizar o combustível no Brasil?”

Tarcísio chegou a alfinetar o Congresso: “Por que a lei do devedor contumaz, que seria fundamental, não passou até hoje no Congresso e seria um instrumento rigoroso para a gente combater a lavagem de dinheiro nesse setor dos combustíveis? Como que a gente vai abraçar prefeitos do Brasil inteiro para impedir, por exemplo, a infiltração do crime organizado nas organizações sociais de saúde?”

Segundo Tarcísio, “o crime vem sofisticando muito, mas as forças de segurança também vem sofisticando, fazendo enfrentamento à altura”. Na visão do governador, se o País “tiver a fórmula” para combater o crime organizado, vai “resolver muito o problema da violência”.

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