DTC: Por que sua indústria precisa agir antes que seja tarde

Lyana Bittencourt • 13 de maio de 2025

A transformação digital impôs um novo paradigma para as indústrias. Ou elas se aproximam do consumidor final ou abrem espaço para concorrentes mais ágeis e conectados. Ainda assim, muitas empresas no Brasil seguem tratando o Direct-to-Consumer (DTC) como uma alternativa digital ou um projeto futuro.

Mas o modelo DTC evoluiu. Deixou de ser apenas um canal de vendas para se consolidar como um modelo de negócio completo. Com impacto direto na competitividade , na margem e na relação com o consumidor final .

Enquanto marcas globais como Nike, Tesla e Glossier reformularam suas estruturas para operar diretamente com o cliente, muitas indústrias brasileiras ainda avaliam se vale a pena começar. O problema é que ignorar esse movimento significa abrir mão de relevância .

 

O consumidor mudou — e sua indústria precisa acompanhar

O consumidor de 2025 é impaciente, exigente e profundamente conectado. Busca conveniência, personalização e transparência . Quer comprar da fonte — não só pela praticidade, mas porque associa esse contato direto à autonomia e ao protagonismo.

O modelo tradicional — em que a indústria escolhe, produz e transfere a responsabilidade da venda para os canais — perdeu força. Se sua marca ainda não considera os consumidores finais como centro das decisões, alguém já está fazendo isso no seu lugar .

 

O maior erro no modelo DTC? Operar com mentalidade B2B

Muitas empresas dizem que “testaram DTC e não funcionou”. Mas o erro não está no modelo, está na mentalidade. Quando marcas operam o modelo DTC com lógica de fábrica — priorizando escala antes de relacionamento, previsibilidade antes de escuta — o resultado são plataformas frias, ofertas genéricas e uma experiência sem conexão real.

Para funcionar, o modelo Direct-to-Consumer exige uma lógica operacional mais rápida, mais conectada e centrada em dados. Exige também uma nova proposta de valor , autonomia dos times, integração tecnológica e uma relação clara com os canais tradicionais. Sobretudo, exige coragem para romper com o antigo modelo.

 

DTC é uma alavanca estratégica, que não pode mais ser ignorada

A ausência de uma estratégia DTC custa caro:

  • Custa dados, que você não coleta porque quem tem o cliente final é o canal.
  • Custa controle, porque terceiros interpretam sua marca como quiserem.
  • Custa margens, diluídas em comissões e intermediários.
  • Custa conexão emocional, que você nunca construiu — e talvez não consiga recuperar.

 

Enquanto isso, seus concorrentes escutam o consumidor em tempo real, testam hipóteses, otimizam jornadas com agilidade e personalizam ofertas com base em dados proprietários. Eles aprendem diariamente — e evoluem mais rápido do que você consegue acompanhar. Você consegue competir com isso sem acesso direto ao consumidor?

 

DTC é coerência, velocidade e domínio sobre a jornada de compra

Sustentabilidade não é mais um diferencial — é pré-requisito. E o consumidor percebe a diferença entre marcas que apenas falam sobre propósito e aquelas que operam com propósito. E essa consistência só é possível quando a marca tem domínio sobre a jornada. Algo que apenas o modelo Direct-to-Consumer oferece de forma plena.

O canal direto permite validar promessas, testar formatos, ajustar preços, fortalecer o vínculo e controlar a experiência ponta a ponta. Dá à marca o controle sobre a narrativa e a experiência de compra — algo que nenhum intermediário oferece com a mesma precisão.

O ponto físico é mais do que uma extensão do digital. É um território estratégico para aprofundar o vínculo emocional com a marca e materializar o propósito com um conceito claro e experiencial. No modelo DTC, o desenvolvimento de conceito ganha protagonismo ao transformar lojas físicas em hubs de experimentação, serviços e aprendizado.

Seja com uma flagship ou formatos de loja mais compactos e modulares, o espaço físico funciona como laboratório vivo. Para testar produtos, narrativas, jornadas de atendimento e operações. Ali, a marca ganha textura, cheiro e presença — atributos impossíveis de replicar exclusivamente no digital.

Assumir o controle dos canais de distribuição permite à indústria ampliar sua influência sobre a jornada de compra, reduzir barreiras e acelerar a conversão. Mais do que ponto de venda, cada loja se torna uma frente da estratégia de expansão , integrando-se ao ecossistema omnichannel da marca.

A análise de dados em tempo real, o fortalecimento do posicionamento e a diferenciação no ponto de contato são benefícios concretos de um canal físico bem planejado. E cada vez mais essencial para sustentar o crescimento do Direct 2 Consumer .

 

O futuro não espera — e o consumidor também não

As marcas que estão colhendo os melhores resultados com uma estratégia DTC não começaram grandes — começaram preparadas. Com estratégia, metas de aprendizado e times conectados com o consumidor.

Não espere pelo “momento ideal”. Ele já passou! Comece enquanto ainda é possível liderar — porque, em breve, a única opção será correr atrás do tempo perdido para não ficar para trás. O que está em jogo agora não é apenas inovação — é o futuro do seu negócio.

 

Por Luis Filipe Santos 4 de julho de 2025
A Ambev , maior cervejaria do Brasil e dona de marcas como Skol e Brahma, além de outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas, pode ser um exemplo dos desafios das empresas na jornada de redução de emissão de gases que causam o aquecimento global . A companhia reduziu em 50% as emissões dos escopos 1 e 2 (das próprias operações e da energia consumida, respectivamente), por meio do uso de fontes renováveis . Contudo, ainda faltam as de escopo 3, que englobam toda a cadeia produtiva do campo até o descarte das latas e garrafas e responde por 89% das emissões.
Por Maria Magnabosco 4 de julho de 2025
O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , convocou uma audiência pública em setembro para discutir a legalidade da contratação de trabalhadores autônomos ou por meio de pessoas jurídicas, prática conhecida como “pejotização” .
Por Pepita Ortega, Lavínia Kaucz 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , suspendeu nesta sexta-feira, 4, os efeitos de todos os decretos que tratam sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e determinou uma audiência de conciliação entre o governo Lula e o Congresso sobre o tema no dia 15 de julho.
Por Cícero Cotrim 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - A C&M Software afirma, por meio de nota, que as evidências disponíveis até agora indicam que o incidente de segurança na empresa que resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões decorreu do uso de técnicas de engenharia social (manipulação psicológia) para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso.
Por Pepita Ortega 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas , afirmou na manhã desta sexta-feira, 4, que é “clara” a interferência do crime organizado em setores como o de combustíveis e o de saúde, assim como, “no mercado financeiro , nos crimes cibernéticos, na negociação de criptomoedas , e no resíduo sólido”.
Por Redação 4 de julho de 2025
Normas foram anunciadas em março e entraram em vigor nesta terça-feira
Por Pepita Ortega 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 4, um homem apontado como um dos autores do ataque hacker à C&M Software , empresa que interliga instituições financeiras ao sistema do Banco Central que inclui o Pix . O caso, que resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões na última terça-feira, 1º, já é considerado a “maior invasão de dispositivo eletrônico do País”.
Por Luiz Guilherme Gerbelli 4 de julho de 2025
A trégua do cenário externo e a percepção de que o pior — ao menos por ora — não se confirmou com as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , têm ajudado a aliviar a situação da economia brasileira. A mudança não indica que os problemas do Brasil estejam superados. Ao contrário, a incerteza fiscal continua e é crescente quando se olha para o longo prazo. Agora, é como se o País andasse num gelo fino, mas tivesse algum tempo a mais para solucionar os desafios das contas públicas.
Por Liam Denning 4 de julho de 2025
Esqueça a Tesla por um momento. Imagine uma empresa anônima com as seguintes características: as vendas de seu principal produto pararam de crescer repentinamente há mais de um ano e caíram 13% até agora neste ano. Seu último grande lançamento de produto foi um fracasso. A empresa reiterou planos para novas versões de baixo custo de seu produto há apenas três meses, e elas não se concretizaram.
Por Rogério Werneck 4 de julho de 2025
Há dias, o ministro da Fazenda relatou que só aceitou o cargo que hoje ocupa após ter confirmado com o presidente que contaria com seu respaldo para levar adiante o que defendera na disputa eleitoral de 2022: “Pobre no Orçamento e rico no Imposto de Renda”. Foi uma pena que o ministro não tivesse aproveitado para se certificar também de que teria respaldo do presidente para conduzir uma política fiscal pautada pela manutenção do endividamento público sob controle.
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