Discussão jurídica sobre IOF não duraria cinco minutos, diz Dino

Lavínia Kaucz • 3 de julho de 2025

BRASÍLIA - O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) , disse que o tema da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) , revertida pelo Congresso e objeto de ações na Corte, não “tem nada de profundo” e que não gera “cinco minutos de debate”, mas se transformou em um “tema constitucional de altíssima indagação por motivos que não cabem ao Supremo”.

Ele disse que já sabe como vai votar, mas não antecipou sua posição. As declarações foram feitas nesta quinta-feira, 3, no Fórum Jurídico de Lisboa, realizado em Portugal.

“Esse tema da hora, que eu não sou relator, porque Deus é bom, se nós fizéssemos uma banca de concurso de direito tributário com alunos do primeiro período da graduação de Direito, todo mundo sabe a resposta sobre essa controvérsia, ela não tem nada de profundo, juridicamente pelo contrário, ela é rasa, ela é simplória”, enfatizou.

Segundo Dino, STF tem sido acionado para resolver questões que deveriam ser solucionadas na política
Segundo Dino, STF tem sido acionado para resolver questões que deveriam ser solucionadas na política

Dino disse que há duas saídas institucionais para o caso: aplicar a lei ou abrir uma conciliação para conciliar “aqueles que deveriam se conciliar pelos seus próprios meios”.

Segundo o ministro, o Supremo tem ocupado o lugar do presidencialismo de coalizão porque é acionado para resolver questões que deveriam ser solucionadas na política.

“Isso é muito difícil porque o Supremo vive hoje uma sobrecarga enorme e crescente, e isso é contrautópico. Uma sociedade em que todas as questões políticas, sociais, econômicas e religiosas têm que ser arbitrada no Supremo é disfuncional daquilo que ela tem de jogo institucional”, complementou.

Na última terça-feira, 1º, a Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo para retomar os efeitos do decreto que aumentava alíquotas do IOF, derrubado pelo Congresso na semana passada. Como mostrou o Estadão/Broadcast , ministros da Corte veem a conciliação como uma saída possível para resolver o impasse.

Por Luis Filipe Santos 4 de julho de 2025
A Ambev , maior cervejaria do Brasil e dona de marcas como Skol e Brahma, além de outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas, pode ser um exemplo dos desafios das empresas na jornada de redução de emissão de gases que causam o aquecimento global . A companhia reduziu em 50% as emissões dos escopos 1 e 2 (das próprias operações e da energia consumida, respectivamente), por meio do uso de fontes renováveis . Contudo, ainda faltam as de escopo 3, que englobam toda a cadeia produtiva do campo até o descarte das latas e garrafas e responde por 89% das emissões.
Por Maria Magnabosco 4 de julho de 2025
O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , convocou uma audiência pública em setembro para discutir a legalidade da contratação de trabalhadores autônomos ou por meio de pessoas jurídicas, prática conhecida como “pejotização” .
Por Pepita Ortega, Lavínia Kaucz 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , suspendeu nesta sexta-feira, 4, os efeitos de todos os decretos que tratam sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e determinou uma audiência de conciliação entre o governo Lula e o Congresso sobre o tema no dia 15 de julho.
Por Cícero Cotrim 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - A C&M Software afirma, por meio de nota, que as evidências disponíveis até agora indicam que o incidente de segurança na empresa que resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões decorreu do uso de técnicas de engenharia social (manipulação psicológia) para o compartilhamento indevido de credenciais de acesso.
Por Pepita Ortega 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas , afirmou na manhã desta sexta-feira, 4, que é “clara” a interferência do crime organizado em setores como o de combustíveis e o de saúde, assim como, “no mercado financeiro , nos crimes cibernéticos, na negociação de criptomoedas , e no resíduo sólido”.
Por Redação 4 de julho de 2025
Normas foram anunciadas em março e entraram em vigor nesta terça-feira
Por Pepita Ortega 4 de julho de 2025
BRASÍLIA - A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 4, um homem apontado como um dos autores do ataque hacker à C&M Software , empresa que interliga instituições financeiras ao sistema do Banco Central que inclui o Pix . O caso, que resultou em um desvio de ao menos R$ 800 milhões na última terça-feira, 1º, já é considerado a “maior invasão de dispositivo eletrônico do País”.
Por Luiz Guilherme Gerbelli 4 de julho de 2025
A trégua do cenário externo e a percepção de que o pior — ao menos por ora — não se confirmou com as políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , têm ajudado a aliviar a situação da economia brasileira. A mudança não indica que os problemas do Brasil estejam superados. Ao contrário, a incerteza fiscal continua e é crescente quando se olha para o longo prazo. Agora, é como se o País andasse num gelo fino, mas tivesse algum tempo a mais para solucionar os desafios das contas públicas.
Por Liam Denning 4 de julho de 2025
Esqueça a Tesla por um momento. Imagine uma empresa anônima com as seguintes características: as vendas de seu principal produto pararam de crescer repentinamente há mais de um ano e caíram 13% até agora neste ano. Seu último grande lançamento de produto foi um fracasso. A empresa reiterou planos para novas versões de baixo custo de seu produto há apenas três meses, e elas não se concretizaram.
Por Rogério Werneck 4 de julho de 2025
Há dias, o ministro da Fazenda relatou que só aceitou o cargo que hoje ocupa após ter confirmado com o presidente que contaria com seu respaldo para levar adiante o que defendera na disputa eleitoral de 2022: “Pobre no Orçamento e rico no Imposto de Renda”. Foi uma pena que o ministro não tivesse aproveitado para se certificar também de que teria respaldo do presidente para conduzir uma política fiscal pautada pela manutenção do endividamento público sob controle.
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